quinta-feira, 22 de agosto de 2013

22 de agosto – DIA DO FOLCLORE




 Mais um bocadinho de prosa...

         No dia 22 de agosto de 1846, William John Thoms criou o vocábulo FOLCLORE, ou melhor, FOLK – LORE.         A 17 de agosto de 1965 foi criado o Dia do Folclore no Brasil.
         O primeiro Estado brasileiro que instituiu o Mês do Folclore em agosto foi o de São Paulo, através do decreto de 27 de junho de 1967, considerando várias coisas, entre elas que “o Poder Público não deve ficar indiferente à difusão e à defesa do folclore, pelo que ele representa como espelho da alma popular, e amálgama de conhecimentos e práticas que contribuem para fortalecer os laços da comunidade, da Nação e da fraternidade humana”.
         Assim, o folclore se torna objeto de festejos comemorativos onde se coloca, ainda por Decreto, que deverão participar dessas comemorações os museus folclóricos, as entidades regionais que cultuam as tradições folclóricas paulistas e as escolas públicas em todo o Estado.
         Isto posto pergunto: quantos museus do folclore existem no estado de São Paulo? Como são preservadas, difundidas e defendidas a “alma popular e amálgama de conhecimentos e práticas” do popular? Quanto as escolas estão envolvidas no processo de pesquisa, preservação e divulgação?
         É preciso antes de qualquer coisa ter VONTADE e determinação.
         Vontade política, vontade de transmitir, vontade de construir, vontade de entender, de conhecer, de preservar. Entender que folclore faz parte do dia a dia de todos nós e que nos identifica enquanto população. Conhecer as manifestações para poder gostar, preservar e depois transmitir. Vontade política para que sejam abertos mais e mais museus e se mantenham em funcionamento num diálogo entre museus/escolas/população.
“Estudar folclore significa resgatar, refletir, relembrar, transmitir, preservar a nossa cultura popular, mantendo nossa identidade cultural através dos nossos costumes, tradições, lendas, provérbios, gestos, etc. significa também perceber as transformações por que passam os costumes de uma determinada sociedade e que são inseridas em seu cotidiano tornando-os, ao longo do tempo, tradições”.[1]
         Não basta que tenhamos uma legislação determinando ou decretando o que se deve fazer, há que se dar condições para que ela se realize.
         Capacitar professores é um caminho, dar-lhes tempo e condições financeiras para pesquisas é uma maneira de atualizar seus conhecimentos, promover palestras, cursos, visitas, conferências, faz parte dos caminhos para que a legislação não fique apenas no papel.
         NOSSA CULTURA AGRADECE!
        




[1] GRASSI, Leila Gasperazzo Ignatius. Educação e folclore. S. J. Campos, SP: FCCR/CECP, 2006.

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