Mais um bocadinho de prosa...
No dia 22 de agosto de 1846, William John Thoms criou o
vocábulo FOLCLORE, ou melhor, FOLK – LORE. A 17 de agosto de 1965 foi criado o Dia
do Folclore no Brasil.
O primeiro
Estado brasileiro que instituiu o Mês do Folclore em agosto foi o de
São Paulo, através do decreto de 27
de junho de 1967, considerando
várias coisas, entre elas que “o Poder Público não deve ficar indiferente à
difusão e à defesa do folclore, pelo que ele representa como espelho da alma
popular, e amálgama de conhecimentos e práticas que contribuem para fortalecer
os laços da comunidade, da Nação e da fraternidade humana”.
Assim, o folclore se torna objeto de festejos comemorativos onde se
coloca, ainda por Decreto, que deverão participar dessas comemorações os museus
folclóricos, as entidades regionais que cultuam as tradições folclóricas
paulistas e as escolas públicas em todo o Estado.
Isto
posto pergunto: quantos museus do folclore existem no estado de São Paulo? Como
são preservadas, difundidas e defendidas a “alma popular e amálgama de
conhecimentos e práticas” do popular? Quanto as escolas estão envolvidas no
processo de pesquisa, preservação e divulgação?
É preciso antes de qualquer coisa ter VONTADE
e determinação.
Vontade política, vontade de transmitir,
vontade de construir, vontade de entender, de conhecer, de preservar. Entender que
folclore faz parte do dia a dia de todos nós e que nos identifica enquanto
população. Conhecer as manifestações para poder gostar, preservar e depois
transmitir. Vontade política para que sejam abertos mais e mais museus e se
mantenham em funcionamento num diálogo entre museus/escolas/população.
“Estudar folclore significa resgatar, refletir, relembrar, transmitir,
preservar a nossa cultura popular, mantendo nossa identidade cultural através
dos nossos costumes, tradições, lendas, provérbios, gestos, etc. significa
também perceber as transformações por que passam os costumes de uma determinada
sociedade e que são inseridas em seu cotidiano tornando-os, ao longo do tempo,
tradições”.[1]
Não basta que tenhamos uma legislação
determinando ou decretando o que se
deve fazer, há que se dar condições para que ela se realize.
Capacitar professores é um caminho,
dar-lhes tempo e condições financeiras para pesquisas é uma maneira de atualizar
seus conhecimentos, promover palestras, cursos, visitas, conferências, faz
parte dos caminhos para que a legislação não fique apenas no papel.
NOSSA CULTURA AGRADECE!
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