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As feiras existem em todo o território nacional, da maior metrópole até a cidadezinha do interior. Um fenômeno que faz parte da cultura popular e onde se pode ver e ouvir a linguagem popular ou a Literatura Oral (pregão, termos, dialetos, vocabulário) a criatividade na construção de gambiarras (barracas, carrinhos, etc.), enfim, os costumes de um grupo social.
Falo das feiras livres, aquelas que vendem frutas, verduras, legumes e tudo o mais. Ir à feira é um verdadeiro estudo sobre o povo de um lugar e suas soluções para problemas do cotidiano. Como expor a mercadoria, como atrair compradores, como transportar a mercadoria, etc. fazem parte destas soluções.
Os
pregões, por exemplo,
são formas de vender a mercadoria, que podem ser cantadas ou não:
Aproveita minha gente
Aproveita e não demora
A laranja tá se acabando
E o caminhão já vai embora
outro bem conhecido no estado de São Paulo...
Pamonha, pamonha, pamonha,
pamonha de Piracicaba.
É o puro suco do milho.
Pamonha, pamonha, pamonha.
Câmara Cascudo em seu Dicionário do Folclore Brasileiro esclarece que o termo
Literatura Oral foi criado por Paul Sébillot em 1881 e "reune o conto, a lenda, o mito, as adivinhações, provérbios, parlendas, cantos, orações, frases feitas tornadas tradicionais [...] enfim todas as manifestações culturais, de fundo literário, transmitidas por porcessos não gráficos".
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