Vale Histórico

O Vale do Paraíba tem vários roteiros a serem visitados e conhecidos, um deles é o Vale Histórico onde se encontra Bananal e o Parque Nacional da Serra da Bocaina. Esse roteiro também é chamado de Caminhos da Corte pois, por aquelas bandas, se hospedou o Principe Regente D. Pedro I - consta que teria almoçado na Fazenda Pau- D'alho. Também a Princesa Isabel teve terras onde hoje é o Parque Nacional da Serra da Bocaina. Lembranças dessas passagens são alguns objetos conservados nas Casas de Cultura e Museus de lá e um casarão de madeira no Parque. Vale a pena conferir!

Fazenda Pau-D'alho, em São José do Barreiro.

Pau-D'alho (Gallesia integrifolia ou Gallesia gorazema) é uma árvore que possui casca rugosa, flores e madeira em tom esverdeado, tem esse nome por causa de seu cheiro de alho. Também é conhecida por guararema, ibirarema e ubaeté.

guara=madeira rema= mau cheiro

ibirá=ybirá= árvore, tronco, madeira, pau. (imbira=ymbira - fibra que se faz corda)

uba é corruptela de yba = árvore, madeira.

Novamente temos a contribuição indígena para nossa cultura!!!

OBRIGADA!

SERRA DA BOCAINA

Essa serra é um ramo da Serra do Mar. Seu nome tem dois significados: depressão, abertura na montanha, derivado de bóca = rachar, fender + aina = altos e baixos e pode também ser derivado de Mbocá-yai-na = torcido e despregado, referente a estar separada da Serra do Mar e formar siguezagues.

Para melhor entender esses sinônimos, olhe na foto!

Bocaina também é nome de cidade do interior de SP, MG e SC e de serrote nos municípios de Atibaia e Bragança Paulista, SP.

Na Serra da Bocaina está o Parque Nacional da Serra da Bocaina, importante reduto da Floresta Atlântica. Pega parte do Estado do Rio e Janeiro e de São Paulo.

Mais sobre Bananal

Cidade do Estado de São Paulo no Vale do Paraíba tem belíssimo artesanato feito em crochê utilizando o barbante como matéria prima. São toalhas, colchas, cortinas, de diversos tamanhos e tipos de pontos.

Tem também muitos alambiques - palavra de origem árabe al-lanbiq significando destilador ou aparelho de destilação - situados em fazendas históricas onde se pode conhecer o processo de "fabricação" da cachaça e degustar as muitas variedades. Nessas fazendas pode-se comprar a cachaça e também doces caseiros!!!!!

Os passeios aos criadouros de truta também são muito interessantes - quando não chove - onde se pode pescar e comer. Caminhar pela cidade, olhar os casarões, as igrejas., a estação de ferro, o chafariz e o coreto... outra ótima pedida!

Visitar as diversas fazendas históricas no entorno é uma volta ao passado cafeeiro.

Fazenda Boa vista

Arquitetura, artesanato, história e cultura, fazem da visita à Bananal um passeio inesquecível!

VAMOS POR ORDEM ALFABÉTICA!

BANANAL - resumindo as várias interpretações encontradas, a palavra bananal é derivada de mbo-ã-ñã-ñã-á - que significa empinado, muito corrente e sinuoso, em referência ao rio que dá nome à cidade.
Pode-se perceber pelo relevo do lugar a sinuosidade que o rio tem. De temperatura fria, o lugar tem criadouros de truta...peixe delicioso!!!!

Cidade histórica do Vale do Paraíba, SP, foi grande produtora de café tendo, pela sua riqueza, seu próprio dinheiro. Mantém vários monumentos históricos em seu município.

VALE DO PARAÍBA

O Vale do Paraíba abrange parte do leste do estado de São Paulo e o oeste do estado do Rio de Janeiro, como se vê no mapa ao lado.

Formado pela união de 39 municípios agrupados em seis microrregiões: Bananal, Campos do Jordão, Caraguatatuba, Guaratinguetá, Paraibuna/Paraitinga e São José dos Campos.

Apesar de altamente urbanizada e industrializada, a região também tem reservas naturais importantes, como a Serra da Mantiqueira na divisa com Minas Gerais, onde estão algumas das montanhas mais altas do Brasil, e a da Bocaina, reduto de Mata Atlântica que também inclui pequenas cidades e fazendas de interesse histórico e arquitetônico.

Voltando a falar sobre os ganhos com a cultura indígena, neste pequeno texto acima vamos encontrar vários nomes derivados do Tupi: Paraíba,(já falamos anteriormente); Bananal; Caraguatatuba; Guaratinguetá; Paraibuna; Paraitinga; Mantiqueira e Bocaina.

Vamos, então explicar o significado de cada um desses nomes na próxima postagem!

PARAYBA - o rio e o vale

Mais um pouco sobre as influências e/ou ganhos nacionais vindos da cultura indígena.

A palavra paraíba também grafada parahiba e parayba, segundo J. M. Almeida é uma modificação de poró-ayba que por contração deu poraiba e significa "excessivamente escabroso". Também encontrado como para'iwa - rio imprestável.

O rio Paraíba do Sul, que dá nome ao Vale do Paraíba, tem muitos bancos de areia, cachoeiras e saltos que tornam impraticável sua navegação regular.

As palavras que têm origem nas línguas indígenas possuem vários significados que são dados por diferentes interpretações, assim paraíba também admite o significado de "peixe ruim" - pirá-aíba e "braço de mar" - pa'ra'i'ba em referência ao formato de braço e tamanho que o rio tem ao encontrar o mar interpretado por alguns como "mar pequeno".

É também nome da árvore Simaruba versicolor ( paraí - cores diversas + iba -madeira assim como de indígenas extintos que habitavam a margem esquerda do rio Paraíba.

Portanto, entender os significados das palavras nos leva a conhecer melhor o espaço geográfico em que estão inseridos rios, montanhas, vales, etc.

ITAGUAÇÚ

Itaguaçú

Palavra de origem Tupi onde itá significa pedra; guaa significa saliente e wa'su - grande. Pode ser também pedra oca ou furada; buraco da pedra ou rocha cavernosa.

A terminação guaçú, componente de muitas palavras indígenas também significa grande, vasto, considerável.

Então itaguaçú poderia ser uma grande caverna de pedra!

A palavra itaguaçú nomeia o porto de Aparecida, um peixe e uma cidade do estado do Espirito Santo e Bahia. Itaguá é nome de praia em Ubatuba, norte de São Paulo.

Essa é mais uma (importante) contribuição indígena para a cultura nacional!

12 de outubro - peregrinação católica à Aparecida do Norte, SP

Foi no dia 12 de outubro de 1717 que uma pequena e mutilada imagem foi pescada do rio Paraíba do Sul....tudo começou quando o Conde de Assumar, Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, governador de São Pulo e Minas Gerais passava por Guaratinguetá rumo à Vila Rica.

Pescadores foram encarregados de conseguirem os peixes para a refeição do Conde e comitiva, mas o rio não queria colaborar...nada de peixes!!!!! Mas, João Alves, Domingos Garcia e Filipe Pedroso, três dos pescadores que estavam no rio, não desistiram. e em frente ao porto de Itaguaçú João Alves pescou uma imagem pequena - 38cm - escura e sem cabeça. Jogaram, então a tarrafa e foi quando a cabeça foi encontrada.

Dalí pra frente o pescado surgiu abundante!!!!!

Filipe ficou com a imagem e seu filho Atanásio construíu para ela um oratório e as devoções começaram a aparecer. Em 1745 surgiu a Capela, no ano de 1852 construída a Igreja e em 1909 passa a ser Basílica.

Em 1928, o Papa Pio XI batizou Nossa Senhora Conceição de Aparecida como rainha e padroeira do Brasil. Mas somente em 1954 que a santa passou a ser homenageada, especificamente no dia 12 de outubro, dedicado a ela.

Direitos dos indígenas brasileiros

Direitos Indígenas na Constituição Federal de 1988

A atual Constituição da República Federativa do Brasil entrou em vigor em outubro de 1988 quando foi promulgada depois de mais de um ano e meio de trabalho da Assembléia Nacional Constituinte. Durante todo o ano de 1988, o movimento indígena e o movimento de apoio aos índios se articularam para que fossem colocados na Constituição os direitos indígenas.

Com do texto constitucional aprovado, os indígenas passaram a ter assegurado o direito à diferença cultural, isto é, o direito de ser índios e de permanecer como tal.

Assim, o art. 231 da CF, explicitou, pela primeira vez, que "são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens"

A CF assegurou ainda aos povos indígenas o direito à educação, reconhecendo a utilização de suas línguas nativas e dos seus próprios processos de aprendizagem (art.210), e a proteção de suas manifestações culturais (art. 215).

Indígenas brasileiros e as eleições de 2010

Da época pré-colombiana aos dias de hoje um salto mais que olímpico!

Gostaria de registrar um fato acontecido nestas eleições do domingo, 03 de outubro de 2010. Esperava-se cerca de 200 mil indígenas nas urnas, segundo a Funai, porém em Manaus mais de 300 indígenas de diversas etnias foram impedidos de votar por não terem documento com foto, apesar de possuírem título de eleitor!

A carteria de identidade expedida pela Funai não possui foto? Será que ter o título de eleitor (documento oficial barasileiro) não é suficiente para o exercício da cidadania? Somos todos cidadãos brasileiros - indígenas ou não - e com direito a votar.

Neste ano, as questões indígenas ficaram distantes das plataformas políticas. Algumas comunidades solicitaram por meio das redes sociais da internet as propostas para os indígenas, mas não obtiveram retorno.

Praticamente 25% da Amazônia são de territórios indígenas. No território brasileiro existem atualmente 218 povos indígenas registrados.

INDÍGENAS - aqueles que aqui estavam; ÍNDIOS - aqueles que se pensou encontrar

INDÍGENAS OU ÍNDIOS

Quando os europeus chegaram nas Américas, chamaram seus habitantes de índios, pois pensavam ter chegado nas Índias - uma denominação genérica ignorando suas diferenças linguisticos-culturais.
Sendo o objetivo dos europeus o domínio político, econômico e religioso, era mais fácil tornar os nativos iguais e tratá-los de forma homogênea.

Na década de 1950, o antropólogo Darcy Ribeiro definiu o habitante nativo do Brasil como sendo "todo o indivíduo reconhecido como membro por uma comunidade pré-colombiana que se identifica etnicamente diversa da nacional e é considerada indígena pela população brasileira com quem está em contato".

BRASILEIROS

O Brasil é um país plural.

Essa pluralidade é social, econômica, intelectual, cultural, étnica e racial.

A sociedade brasileira é formada por diferentes grupos étnicos e também por imigrantes de diversos países. Essa rica diversidade faz parte da identidade nacional e compõe o patrimônio sociocultural brasileiro.